Nos últimos três meses, tenho conversado com colegas que resumem o governo Lula, tanto do ponto de vista político quanto pessoal, em uma frase simples: “Eu odeio o Lula”. Assim, a conversa parece sempre a mesma. Um diz que Lula não deveria dar dinheiro aos pobres, alegando que não são merecedores... outra pessoa que conheci nas redes sociais começou a falar sem parar assim que soube que eu sou ateu e a favor do governo Lula. “Como você pode ser ateu? Não conheço ninguém que não acredite em Deus”, foi o que ela disse. E eu no pouco tempo que tive respondi, e eu nunca conheci ninguém louco o suficiente que seja a favor de um regime fascista, só quem não viveu em um pode achar possível tal absurdo.
Sobre o Lula, fui atacado de maneira tão intensa que não consegui expressar minha opinião... claro que nunca conheci pessoalmente essa moça.
A psicologia das multidões é um campo interessante que ajuda a entender como emoções e comportamentos individuais podem se amplificar e mudar quando as pessoas estão juntas. No contexto político brasileiro, o ódio direcionado a figuras como Lula pode ser analisado por essa ótica.
Durante os governos de Lula e Dilma, o Brasil vivenciou avanços importantes em diversas áreas, como a redução da pobreza e o crescimento do PIB. Nenhum país prospera com a fome batendo à porta. Lembro-me de Lula dizendo que “é preciso ensinar a pescar antes de dar o peixe”. Mas, ao invés disso, ele questionou: “Como vou ensinar alguém a pescar se está com fome? Como um trabalhador vai aprender a assentar tijolos se já chega ao trabalho sem comer?”
Entretanto, a percepção pública nem sempre reflete a realidade dos dados econômicos e sociais. A psicologia das multidões sugere que emoções coletivas, como medo e raiva, podem ser facilmente manipuladas por líderes carismáticos e pela mídia.
Desculpe, meu amigo(a), se você odeia o Lula, por que não sente o mesmo por FHC, que teve um governo bem questionável? Por que quase metade da população o apoia (Bolsonaro, o inelegível ), mesmo com dados do PIB, da inflação e outros indicadores que foram melhores durante o governo do de Lula e Dilma? Existe um site, o IBGE | Portal do IBGE | IBGE, onde você pode conferir esses números.
O ódio a Lula pode ser parcialmente explicado pela teoria da desindividualização, onde indivíduos em multidões perdem a autoconsciência e a responsabilidade, adotando os comportamentos e emoções do grupo. Isso é intensificado por discursos polarizadores e pela disseminação de informações, muitas vezes distorcidas, nas redes sociais.
É o circo das mídias sociais espalhando fake News, a televisão fazendo o mesmo, e os grupinhos que se formam em igrejas, escolas etc. Aí é onde entramos na esfera da psicologia das massas.
Além disso, a teoria da identidade social mostra que as pessoas tendem a se identificar com grupos que compartilham suas crenças e valores. Em um cenário político polarizado, essa identificação pode levar à demonização do outro, intensificando sentimentos de ódio e desconfiança.
Portanto, mesmo que os dados mostrem melhorias durante os governos de Lula e Dilma, a psicologia das multidões e a dinâmica de grupo podem resultar em uma percepção negativa e em ódio, influenciados por fatores emocionais e sociais que vão além dos números.
Primeiro que para “odiar” alguém acredito que pelo menos eu tenha convivido com essa pessoa algum tempo. Ouvir notícias falsar sobre ela não acredito que a palavra “ódio” seja a mais adequada. Segundo, quando se ouve esse discurso, minha sugestão é que a conversa se encerre porque não haverá debate, já que a pessoa já colocou a opinião dela, ou seja não há como contra-argumentar a favor ou contra uma crença. , e me pareceria perda tempo fazer isso.
Quando as pessoas estão em grupo, muitas vezes perdem um pouco de sua individualidade e responsabilidade pessoal. Isso se chama desindividualização. Em um comício ou protesto, por exemplo, as emoções podem se intensificar, e as pessoas podem agir de maneiras que não fariam sozinhas. Isso pode explicar por que algumas pessoas expressam ódio a Lula de forma tão intensa e não em relação a FHC.
Ninguém se enfurece tanto, com relação a Lula do que com FHC. É verdade que FHC toma uísque de seu apartamento (que não tem dois pedalinhos, eu imagino) e lula cachaça. e aí qual a diferença? Se por causa de dois pedalinhos Lula foi preso, que deem a ele um apartamento na França. e alguma bebida alcóolica a FHC e a Lula. A quantidade de álcool não varia muito.
Como já foi exposto a respeito de Bolsonaro, ninguém também lembra que FHC tem casa na França, ao que me parece, e dos escândalos das teles e da rede ferroviária sucateada no seu governo. A moça com quem conversei, que ainda nutria esperanças, relatou ter ouvido coisas terríveis sobre Lula de “colegas” da igreja. É impressionante como a mídia e as fakes News fazem esse “trabalho”. Ninguém parece se lembrar dos milhares de pessoas que Bolsonaro deixou à mercê da morte por falta de ar nos hospitais.
Com certeza você conhece alguém que faleceu por causa da “gripezinha” quando Bolsonaro recusou a compra de vacinas. Alguns reclamam que Lula não dá atenção suficiente ao agronegócio no Brasil, que faz parte da bancada do “BBB” - Bala-Boi-Bíblia. Resumindo, eu não sei se negociaria com pessoas que matam sem-terra e indígenas, que são latifundiários que exploram imensamente seus empregados e pastores que, em muitos casos, exploram a população.
O Agronegócio e a bancada "BBB" nunca deveria ser prioridade, mas sim, como ele tem tentado fazer, apesar dos entraves , treinar o trabalhador no uso da tecnologia e fazer com que o papel do Agro decaia e a indústria de tecnologia, não a de exportação de matéria prima como sempre tem sido.
A teoria da identidade social sugere que as pessoas se identificam com grupos que compartilham suas crenças e valores. Em um cenário político polarizado, como o do Brasil, isso pode levar à demonização do “outro lado”. Se você se identifica fortemente com um grupo ante - Lula, é mais provável que adote e amplifique sentimentos negativos em relação a ele.
A mídia e as redes sociais desempenham um papel crucial na formação dessas percepções. Notícias sensacionalistas, fake News e discursos polarizadores podem alimentar o ódio e a desconfiança. As redes sociais, em particular, criam bolhas de informação onde as pessoas são expostas apenas a conteúdos que reforçam suas crenças, intensificando ainda mais esses sentimentos.
As emoções coletivas, como medo e raiva, podem ser manipuladas por líderes carismáticos e pela mídia. Mesmo que os dados objetivos mostrem melhorias durante os governos de Lula e Dilma, a percepção pública pode ser distorcida por esses fatores emocionais e sociais.
Assim, mesmo com números positivos, a psicologia das multidões e a dinâmica de grupo podem levar a uma percepção negativa e ao ódio, influenciados por fatores emocionais e sociais que vão além dos números. É um fenômeno complexo, onde a lógica e os dados muitas vezes perdem para as emoções e percepções coletivas. Acho também que a moca se esqueceu de que antes de sermos de religião A ou B e nos simpatizarmos com politicos A ou B SOMOS SERES HUMANOS...
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